quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Pode ser que agora as vidas que há em mim sejam tantas que mal posso me conter em um poema como aqueles que escrevia antes
poemas ligeiros
meio sozinhos, faceiros,
poemas bonitos , meio vagos e perdidos como hoje andam meus olhos nessa imensidão de dores, sonhos desgastados e amores
dos outros.


quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Talvez Um Pós-modernismo...



 
escadas rumo ao infinito
queda de sanidade
ventilador do futuro
nuvens , redemoinhos de furacões mentais sobre
conversas aleatórias entre a sogra, a nora e a enteada que não existem mais
Agora são só 5,
cinco  malditos
guiados pelas superstições e expulsos de seu cômodo paraíso,
mais uma flor amassada,
uma peregrinação rumo a salvação
a terra de Canaã malmente avistada,
os indígenas amontoados em escadas mirabolantes de sonhos perversos,
a queda do muro de Berlim
e as esperanças aborígenes...
Nesse mundo
tudo se contradiz
tudo se aglomera
se separa
e se encaixa
Um mundo globalizado cada dia mais utópico e efêmero,
metáfora metamorfoseada
de quem tem que se despedir de tudo como se não fosse nada.
Suas raízes,
sua pequena parte de identidade construída foi roubada, desencontrada,
perdida do mapa.


Divagação: Karoline Rabelo de Andrade